Junior Durski (Foto: Divulgação/Guilherme Pupo) |
O que um empresário ganha ao assumir um lado na política? Nada, diz o jornalista Leonardo Attuch, editor do 247. "Especialmente quando este lado é repudiado pela maior parte da população brasileira", afirma
Num Brasil de economia estagnada, desemprego recorde e um dólar que se aproxima de cinco reais, o empresário Junior Durski, dono da rede de sanduíches Madero, avalia que tudo vai bem e diz ter muito orgulho do "nosso presidente" Jair Bolsonaro – aquele que não presta contas para a opinião pública e distribui bananas a jornalistas. Mais do que isso, Durski anuncia sua presença nos protestos de 15 de março contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
Como qualquer cidadão, o dono do Madero tem direito às suas opiniões, por mais deploráveis que sejam. Ao longo da história, alguns empresários já apoiaram nazistas, ditadores e houve até aqueles que gostavam de presenciar cenas de tortura. Mas meu ponto aqui é outro. O que um empresário ganha ao assumir publicamente que tem um lado na política? Durski, que diz fazer o "melhor hambúrguer do mundo", hoje apoia um presidente que tem apoio de apenas um terço da população brasileira. Um outro terço sente repulsa completa por ele, enquanto muitos estão perplexos e indecisos.
O que também me deixa perplexo é o ativismo político de alguns empresários que podem até ganhar alguns likes no Instagram, mas correm o risco de perder milhares de clientes na vida real, prejudicando seus negócios, seus funcionários e a sociedade. Ontem, fui ao twitter e lancei uma questão singela. Depois de conhecer as opiniões do empresário Junior Durski, você ainda iria ao seu restaurante? As respostas falam por si.
Assista ao comentário de Leonardo Attuch:
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